ARTIGOS
Absenteísmo
Consequências negativas para as empresas
Assunto: GRO
Data: 01/09/2020

Clientes insatisfeitos, comprometimento da produtividade, aumento de horas extras para os outros componentes da equipe, custos de contratação temporária para suprir a ausência do funcionário afastado e perda de prazos, são algumas das consequências causadas pelo absenteísmo nas empresas.

O absenteísmo gera diversos impactos negativos na produção como declínio dos lucros e organização do orçamento, que sofre pela perda da receita e pelo encarecimento da mão de obra, explica a engenheira de segurança do trabalho e técnica em perícias trabalhistas, Marcia Ramazzini. Ainda segundo ela, o funcionário recordista de faltas também pode gerar problemas de relacionamento e, consequentemente, de produtividade. Este tipo de funcionário acaba sendo mal visto pela equipe que começa a exigir uma atitude da liderança. Pois, as ausências acarretam sobrecarga para os outros, ressalta a especialista.

O RH, assim como os líderes da organização, precisa entender qual é a causa deste absenteísmo e atacá-la. De nada adianta ficar remendando a consequência. Se a causa for uma insatisfação no ambiente de trabalho, com a equipe ou salarial, percepção de favoritismo, entre outros, deve-se mapear o motivo e implantar práticas focadas para melhorar a satisfação no ambiente de trabalho, esclarece a professora doutora da IBE-FGV especialista em RH e Gestão de Pessoas, Rita Ritz.

Em geral, visto como descomprometido e irresponsável, o funcionário que falta demais perde a confiança do líder direto e da diretoria da empresa. A liderança acaba deixando de lhe atribuir funções importantes, prejudicando a carreira dele e dos demais membros do time. Além disso, ele passa a ser rotulado como ausentista e nenhum outro líder vai querer ter esta pessoa na sua equipe, destaca a professora.

Atestados médicos

Mascarar o verdadeiro motivo da ausência com atestados médicos tornou-se um costume que assombra os RHs. Isso acontece, pois é mais fácil justificar uma falta alegando um problema de saúde do que dizer a verdade, quando a causa da falta ou afastamento é uma insatisfação no trabalho, analisa Rita Ritz. Ela ressalta que, por mais difícil e constrangedor que possa ser a verdadeira causa, é melhor enfrentar a verdade e tentar uma solução negociada com o chefe. Agindo dessa forma, todos saem ganhando, pois evita-se que o ausentismo se torne recorrente. O funcionário sente-se constrangido em dizer que está com problemas de relacionamento, que tem desafeto com algum colega de trabalho ou chefe e acaba usando o atestado para mascarar a origem do problema, esclarece a especialista.

Sobre essa situação, a engenheira Marcia Ramazzini ressalta que é necessária cautela, pois se o problema for realmente uma doença, o setor de segurança do trabalho deve avaliar se ela é ocupacional ou não. Esse é o grande diferencial das empresas que possuem uma Gestão de Risco adequada, pois além de seguirem normas que evitam esses problemas, reduzem o risco de perder um bom colaborador. Sem contar que evitam possíveis processos trabalhistas, finaliza Marcia.

Artigo escrito por: Rita Ritz e Marcia Ramazzini

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